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20 de Abril de 2024

Pandemia e COVID-19 positivo, por si só, não são indicativos para cesariana

Publicado por Gabriella Albuquerque
há 4 anos

Temos recebido diversos relatos de mulheres que estão sendo orientadas por seus médicos a realizarem uma cesariana por conta da pandemia ou diante do resultado de COVID-19 positivo/suspeita. Ambas as situações caracterizam violência obstétrica.

O Brasil é campeão em cirurgias cesarianas sem indicações clínicas, o que representa riscos desnecessários para a saúde de mães e bebês, prejuízos possíveis para a saúde dos bebês ao longo de toda a vida.

Quanto mais cedo realiza-se a cesárea, maiores são os riscos de complicações pulmonares nos bebês. Cesarianas realizadas na 37ª semana gestacional acarretam quatro vezes mais problemas respiratórios que partos normais realizados na mesma semana. Bebês nascidos por meio de cesariana eletiva apresentam menor índice de Apgar no primeiro minuto, hipertensão pulmonar persistente, taquipnéia transitória do recém-nascido, insuficiência respiratória e uma maior taxa de internação na UTI. Importante ressaltar que pessoas/bebês com problemas respiratórios fazem parte do grupo de risco para a COVID-19.

Não existe evidência científica no sentido de que a gestante positiva para a COVID-19 transmita a doença para o bebê. A orientação da ANS (26/03/2020) em relação a gestantes com suspeita/confirmação de infecção pelo COVID-19 é de dar preferência para o parto vaginal e considerar cesariana se houver insuficiência respiratória grave, choque séptico ou sofrimento fetal.

A orientação da OMS, ANS e Ministério da Saúde é que os pacientes fiquem o menor tempo possível no hospital, para diminuir o risco de contaminação. Uma gestante que passa por uma cirurgia de cesariana fica mais tempo no hospital, em média o dobro do que uma que passou por um parto normal sem intercorrência.

Se mantenham informadas e atualizadas.

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